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Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga 2024, com o livro «Palavras Nómadas» (Húmus).
Dora Nunes Gago nasceu em São Brás de Alportel (Algarve) é doutorada em Literaturas Românicas Comparadas pela Universidade Nova de Lisboa (2007), Mestre em Estudos Literários Comparados e licenciada em Português-Francês pela Universidade de Évora. Durante os últimos dez anos lecionou na Universidade de Macau, primeiro como Professora Auxiliar, depois como Professora Associada de Literatura, tendo sido vice-diretora e diretora Departamento de Português. Foi também professora do ensino secundário, Leitora do Instituto Camões na Universidade da República Oriental do Uruguai (Montevideu, Uruguai) investigadora de pós-doutoramento na Universidade de Aveiro e pós-doc visitante na Universidade de Massachusetts Amherst (Estados Unidos). É autora de várias publicações na área da Literatura Comparada, entre as quais se destacam: Uma cartografia do olhar: exílios, imagens do estrangeiro e intertextualidades na Literatura Portuguesa – Finalista dos Prémios de Ensaio do Pen Club 2021 e Imagens do estrangeiro no Diário de Miguel Torga (Fundação Calouste Gulbenkian, 2008). É colaboradora de diversos centros de investigação de universidades portuguesas: CETAPS, CHAM (Universidade Nova de Lisboa), Centro de Línguas e Culturas (Universidade de Aveiro), CEC (Faculdade de Letras de Lisboa). Enquanto ficcionista, está representada em antologias de contos coletivas, tem colaborado com textos de ficção em diversas revistas e jornais, nacionais e internacionais. Publicou, entre outros livros: A sul da escrita (Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca em 2006), As Duas Faces do Dia (Menção honrosa no Prémio Literário Florbela Espanca), Travessias, Contos Migratórios (2014), A Matéria dos Sonhos (2015), Floriram por engano as rosas bravas (2022). Foi distinguida também com: o Prémio de Conto Manuel Laranjeira (Espinho, 2008), Prémio de Conto, Almada (2005), Prémio Literarius (Silves, 2004), Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga (2024).
A chave das memórias
Hoje, Isabel regressou. Entra na velha casa e estremece de emoção. Aquele cheiro é-lhe familiar: um aroma doce de estevas, figos e mel derramado. Tal como o sabor da madalena saboreada pelo narrador proustiano de À Procura do Tempo Perdido, também o olfato, instinto mais básico e primitivo, a transporta até aos mundos fantásticos e perdidos da infância quase sepultada pela areia do Tempo. […]
Dora Nunes Gago, em Travessias : Contos migratórios. Edições Esgotadas, 2014. In, "Alma Latina - Coletânia de Autores Latinos no Mundo", Vol. 5, 2024, p. 158.
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