Verbo Visivo: Uma Tríade de Giancarlo Pavanello

Data: De 21/03/2025 a 21/04/2025 (00:00 - 00:00)
Local: BLCS - Sala de Arco Judaico
Destinatários: Público em geral

Curadora: Helena Mendes Pereira (Zet Gallery)

Programa de inauguração:

16h00 - Alotropias literárias | BLCS
17h00 - Singloxias e Afonologias | Museu Pio XII
18h00 - UT pictura poesis | Zet Gallery

O AUTOR
Giancarlo Pavanello, nascido em Veneza em 4 de abril de 1944, vive em Milão desde 1978. Seus primeiros poemas salvos da destruição datam de cerca de 1960, como os desenhos no espírito da art brut de Jean Dubuffet [talvez mediada pela última produção de Tancredi Parmeggiani, os “loucos”], gradualmente resolvidos em tabelas informais ou pré-alfabéticas. Uma produção instintiva e atécnica como expressão de um caráter adolescente e juvenil: a pré-história pessoal.
No início dos anos setenta, 1971-1975, a solução da escrita enfática amadurece em sentido definitivo, com os textos caligráficos, uma espécie de pintura a tinta com alguma semelhança com as linguagens ideográficas, do ponto de vista ocidental, como experimentos verbo-visuais, uma síntese com a escrita literária em busca da possibilidade de um ecletismo delimitado. Esta delimitação insere-se com maior rigor terminológico e crítico nas apresentações de Rossana Apicella: a “singloxia” [união de línguas diferentes], a “escrita semântica”, a “escrita assemântica”, a “escrita pseudo-asemântica” [uma espécie de palimpsesto em que um texto verbal se sobrepõe a um texto verbal tornando-o parcial ou totalmente incompreensível mas na realidade na clareza das formulações mentais do autor neo-amanuense]. Além disso, não faltam páginas puramente simbólicas, antecipando a escrita assêmica dos anos noventa, um gênero que beira o letrismo: o grafismo e a pintura abstrata, especialmente dos anos cinquenta e sessenta.
Assim, a primeira referência editorial é o volume “epigramas escritos com uma pena de pavão”, Geiger, janeiro de 1976, 250 exemplares numerados. Com esta espécie de editio princeps dos primeiros textos caligráficos, Giancarlo Pavanello sai do isolamento e se insere no contexto internacional da "poesia concreta", da "poesia visual", da "poesia total", da "nova escrita", segundo as fórmulas de outros autores, distinguindo-se, porém, por privilegiar o texto poético, visualizado, breve, lacônico, não isento de alusões ao haicais japoneses, desenvolvendo-se gradualmente em sentido cromático, preferindo sempre um caminho pessoal e livre de agrupamentos rígidos, para se estender na liberdade das segundas reflexões e na solicitude da própria pesquisa.

[…]

Texto completo em: https://www.giancarlopavanello.com/chi-sono

Org. Zet Gallery, DST Group, Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, BLCS e Museu Pio XII