#Os livros fazem a força
Exposição documental e interativa Livros Proibidos durante o Estado Novo
"Durante o Estado Novo (1926-1974), censuravam-se os jornais, as revistas, as peças de teatro, os filmes e a televisão ainda antes de chegarem ao público; era a chamada Censura Prévia. A Literatura também podia ser censurada, mas geralmente só depois de estar publicada. Não havia capacidade de examinar tudo antecipadamente e se um livro fosse proibido depois de impresso o prejuízo da editora seria mais grave. A exata extensão das atividades da Direção dos Serviços de Censura ainda se ignora porque as suas instalações em Lisboa foram invadidas por populares em 26 de abril de 1974 e parte da documentação perdeu-se. Estima-se que os censores tenham examinado entre 7 a 10 mil livros, muitos deles proibidos por «inconvenientes» e os seus autores vigiados ou perseguidos pela Polícia Política do regime.
Nalguns casos, as razões da proibição eram quase ridículas. Escrever a palavra «vermelho» podia levar a um corte porque os leitores empregues pelos Serviços da Censura (de início, militares) podiam ficar na dúvida se o «vermelho» se referia ou não a comunista. E, havendo dúvida, censurava-se! Por vezes, a Censura só não atuava para que uma Proibição não acabasse por fazer publicidade adicional à obra." [fonte: https://www.uc.pt/bguc/atividades/livros-proibidos-durante-o-estado-novo/]
Coordenação da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra em parceria com o PNA e a Rede de Bibliotecas Escolares. Curadoria do Maia do Amaral (BGUC). Coord. Isabel Campante (BGUC).
Esta exposição será complementada por mais títulos de livros censurados, tais como os 25 títulos da Coleção “Biblioteca da Censura”, editados por Bela e o Monstro / Jornal Público e por demais obras selecionadas pela BLCS.
Entrada livre.